Meditações da Lua
A Deusa da Lua possui três aspectos:
crescente, é donzela; cheia, é a Mãe; minguante é a anciã. Parte do treinamento
de cada iniciado implica períodos de meditação sobre a Deusa em seus vários
aspectos. Abaixo segue uma meditação para cada um dos três aspectos da lua.
MEDITAÇÃO DA
LUA CRESCENTE
Concentre-se e
centre-se. Visualize uma lua crescente cor de prata, que se curva para a
direita. Ela é o poder daquilo que inicia, do crescimento e geração. Ela é
tempestuosa e indomada, como as idéias e planos antes de serem equilibrados
pela realidade. Ela é a página em branco, o campo não semeado. Sinta as suas
próprias possibilidades escondidas e potenciais latentes; seu poder para
iniciar e crescer. Veja-a como uma menina de cabelos prateados correndo
livremente pela floresta sob a lua delgada. Ela é virgem, eternamente não
penetrada, a ninguém pertencendo, exceto ela mesma. Invoque seu nome,
"Nimuël", e sinta poder dentro de você.
MEDITAÇÃO DA
LUA CHEIA
Concentre-se e
centre-se e visualize uma lua cheia. Ela é a mãe, o poder de realização e de
todos os aspectos da criatividade. Ela nutre aquilo que foi iniciado pela lua
nova. Veja-a abrindo os braços, os seios abundantes, o ventre desabrochando em
vida. Sinta seu próprio poder de nutrir, dar, tornar manifesto o que é
possível. Ela é a mulher sexual; seu prazer na união é a força motriz que
sustenta toda a vida. Sinta o poder em seu próprio prazer, no orgasmo. Sua cor
é o vermelho do sangue, que é vida. Invoque seu nome "Maril" e sinta
sua própria capacidade de amar.
MEDITAÇÃO DA
LUA MINGUANTE
Concentre-se e
centre-se. Visualize uma lua minguante, que se curva para a esquerda, envolta
pelo céu escuro. Ela é a anciã, a velha que ultrapassou a menopausa, o poder de
terminar, da morte. Todas as coisas devem terminar a fim de suprir os seus
inícios. O grão que foi plantado deve ser cortado. A página em branco deve ser
destruída, para que a obra seja escrita. A vida se alimenta da morte; a morte
conduz à vida e, nesse conhecimento, encontra-se a sabedoria. A velha é a
mulher sábia, infinitamente velha. Sinta a sua própria idade, a sabedoria da
evolução armazenada em cada célula do seu corpo. Conheça o seu próprio poder
para terminar, para perder assim como ganhar, para destruir aquilo que está
estagnado e decadente. Veja a velha em seu manto negro sob a lua minguante;
invoque seu nome "Anul" e sinta seu poder em sua própria morte.
(Fonte:
A Dança Cósmica das Feiticeiras, STARHAWK)
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