Decreto Gelasiano, Sobre os livros recebidos e os não
recebidos
(Decretum Gelasianum)
D.C. 371
Muito se discute sobre a autoria do
presente documento: para alguns, seria documento original do papa Dâmaso
[366-384], oriundo do Concílio Regional de Roma de 371, já que seu conteúdo se
identifica perfeitamente com os dados existentes sobre seu temperamento,
pensamento e relacionamento interno e externo; para outros, teria sido redigido
pelo papa Gelásio [492-496], em razão da nota acrescentada no início do cap.
III, existente em uma recensão mais breve; para outros, ainda, seria obra de
algum clérigo, muito provavelmente do início do séc. VI, que teria se servido
de outro documento de base, este sim, da lavra de Dâmaso, que conteria o
fundamento para os 3 primeiros capítulos.
Seja como for, de particular
importância para nós é o capítulo II, que traz a lista completa dos livros que
integram o Antigo e Novo Testamento. Repare-se que os livros deuterocanônicos
(chamados de "apócrifos" pelos protestantes e, por este motivo,
excluídos de suas Bíblia) encontram-se integrados ao cânon sagrado, fazendo
eco, talvez (caso considere-se este decreto posterior ao papa Dâmaso), às
decisões tomadas pelos concílios regionais de Cartago e Hipona.
I. RELAÇÕES DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Aqui começa o Conselho de Roma, no
tempo do Papa Dámaso,(Damásio) sobre a explicação da fé.
Foi dito:
1. Primeiramente, deve-se discutir os
sete dons do Espírito se encontram em Cristo:
* O espírito da sabedoria:
"Cristo, o poder e a sabedoria de Deus".
* O espírito do entendimento:
"Darei a vós o entendimento e vos mostrarei o caminho que devem
seguir".
* O espírito do conselho: "E seu
nome é chamado 'mensageiro do valioso conselho'".
* O espírito das virtudes: conforme
acima, "o poder de Deus e a sabedoria de Deus".
* O espírito do conhecimento: "Em
razão da eminência do conhecimento do apóstolo de Cristo Jesus".
* O espírito da verdade: "Eu sou o
caminho, a vida e a verdade".
* O espírito do temor de Deus: "O
temor a Deus é o princípio da sabedoria".
2. Entretanto, a revelação de Cristo é
denominada de diversas maneiras:
* Deus, que é espírito;
* O Verbo, que é Deus;
* O Filho, que é o unigênito do Pai;
* O homem, nascido da Virgem;
* O sacerdote, que ofereceu a si mesmo
como sacrifício;
* O pastor, que é o guarda;
* [O alimento do] verme, que ressurgiu
dos mortos;
* A montanha, que é forte;
* O caminho, que é reto;
* O refúgio, único que pode conduzir à
vida;
* O cordeiro, que foi imolado;
* A pedra, que é angular;
* O mestre, que traz a vida;
* O sol, que dá a luz;
* A verdade, que provém do Pai;
* A vida, da qual é o Criador;
* O pão, cujo valor é inestimável;
* O samaritano, o qual é protetor e
misericordioso;
* O Cristo, o Ungido [de Deus];
* Jesus, o Salvador;
* Deus, provindo de Deus;
* O mensageiro, que foi enviado;
* O noivo, que é o mediador;
* O vinho, cujo próprio sangue nos
redimiu;
* O leão, que é rei;
* A rocha, que é o fundamento;
* A flor, que foi escolhida;
* O profeta, que revelou o futuro.
3. Quanto ao Espírito Santo, não provém
só do Pai nem só do Filho, mas do Pai e
do Filho; por isso está escrito: O que se deleita no mundo, o Espírito do Pai
não está nele; e novamente: Quanto a todo aquele que não tenha o Espírito de
Cristo, não lhe pertence. Deste modo se entende que o Espírito Santo seja
nomeado Como do Pai e do Filho, sendo que o próprio Filho disse no Evangelho
que o Espírito Santo procede do pai e por mim Ele é aceite e anunciado.
II. CÂNON DA SAGRADA ESCRITURA
Também foi dito:
Agora verdadeiramente devemos discutir
sobre as Divinas Escrituras, quais são aceitas pela Igreja Católica no universo
e quais devem ser rejeitadas.
1. Esta é a ordem do Antigo Testamento:
Gênese, 1 livro; Êxodo, 1 livro; Levítico, 1 livro; Números, 1 livro;
Deuteronômio, 1 livro; Josué, 1 livro; Juízes, 1 livro; Rute, 1 livro; Reis, 4
livros; Crônicas, 2 livros; 150 Salmos, 1 livro; 3 livros de Salomão:
Provérbios, 1 livro; Eclesiastes, 1 livro; Cântico dos Cânticos, 1 livro;
Outros: Sabedoria, 1 livro; Eclesiástico, 1 livro.
2. Semelhantemente, esta é a ordem dos
profetas: Isaías, 1 livro; Jeremias, 1 livro, contendo o Cinoth, isto é, suas
lamentações; Ezequiel, 1 livro; Daniel, 1 livro; Oséias, 1 livro; Amós, 1
livro; Miquéias, 1 livro; Joel, 1 livro; Obadias, 1 livro; Jonas, 1 livro;
Nahum, 1 livro; Habacuc, 1 livro; Sofonias, 1 livro; Ageu, 1 livro; Zacarias, 1
livro; Malaquias, 1 livro.
3. Semelhantemente, esta é a ordem dos
[livros] históricos: Jó, 1 livro; Tobias, 1 livro; Esdras, 2 livros; Ester, 1
livro; Judite, 1 livro; Macabeus, 2 livros.
4. Semelhantemente, esta é a ordem das
Escrituras do Novo Testamento, sustentadas e veneradas pela santa e católica
Igreja romana: 4 livros dos Evangelhos: segundo Mateus, 1 livro; segundo
Marcos, 1 livro; segundo Lucas, 1 livro; segundo João, 1 livro; também os Atos
dos Apóstolos, 1 livro; as epístolas do apóstolo Paulo, em número de 14: aos
Romanos, 1 epístola; aos Coríntios, 2 epístolas; aos Efésios, 1 epístola; aos
Tessalonicenses, 2 epístolas; aos Gálatas, 1 epístola; aos Filipenses, 1
epístola; aos Colossenses, 1 epístola; a Timóteo, 2 epístolas; a Tito, 1
epístola; a Filemon, 1 epístola; aos Hebreus, 1 epístola; também o Apocalipse
de João, 1 livro; também as epístolas canônicas, em número de 7: do apóstolo
Pedro, 2 epístolas; do apóstolo Tiago, 1 epístola; do apóstolo João, 1
epístola; do outro João, o ancião, 2 epístolas; do apóstolos Judas, o zelota, 1
epístola. Aqui se encerra o cânon do Novo Testamento.
III. PRIMAZIA DA SANTA IGREJA CATÓLICA
APOSTÓLICA ROMANA
Também foi dito:
(Alguns manuscritos, de recensão mais
breve, começam este ponto com o seguinte cabeçalho: "Aqui inicia o decreto
'sobre os livros que devem ou não devem ser recebidos', redigido pelo papa
Gelásio e 70 dos mais eruditos bispos, reunidos em concílio apostólico na cidade
de Roma")
1. Após termos discutido sobre os
Escritos dos profetas e as Escrituras evangélicas e apostólicas acima, sobre os
quais a Igreja Católica está fundada pela graça de Deus, também achamos
necessário dizer, embora a Igreja Católica universalmente esteja difundida
sobre todo o mundo, sendo a única noiva de Cristo, que à Santa Igreja romana é
dado o primeiro lugar sobre as demais igrejas, não por decisão sinodal, mas sim
pela voz do Senhor, nosso Salvador, pois no Evangelho obteve a primazia:
"Tu és Pedro" - Ele disse - "e sobre esta pedra edificarei a
Minha Igreja e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela; e te darei as
chaves do Reino dos Céus e tudo o que ligardes sobre a Terra será também ligado
no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será também desligado no
Céu".
2. Somou-se também a presença do
bem-aventurado Apóstolo Paulo, o vaso escolhido, que não em oposição como dizem
os hereges teimosos, mas ao mesmo tempo e no mesmo dia, foi coroado com uma
morte gloriosa junto com Pedro na cidade de Roma, padecendo junto com Pedro na
cidade de Roma sob César Nerón; e juntos consagraram para Cristo o Senhor à
mencionada Santa Igreja de Roma e deram-lhe preferência com a sua presença e
triunfos dignos de veneração ante todas as outras cidades no mundo inteiro.
3. Portanto, primeira é a cátedra da
Igreja romana, do apóstolo Pedro, por não haver qualquer mancha, ruga ou
qualquer outro [defeito]. Porém, o segundo lugar foi concedido, em nome do
bem-aventurado Pedro, a Marcos, seu discípulo e autor do Evangelho, para
Alexandria. Ele mesmo escreveu a Palavra da Verdade, no Egito, conforme [ouvira
do] apóstolo Pedro; lá foi gloriosamente consumada [sua vida] no martírio. O
terceiro lugar é guardado por Antioquia, do bem-aventurado e venerável apóstolo
Pedro, que ali viveu antes de vir à Roma e onde pela primeira vez foi ouvido o
nome da nova raça: "cristãos".
IV - ESCRITOS QUE PODEM SER RECEBIDOS
E embora nenhum outro fundamento possa
estabelecer-se, senão aquele que foi estabelecido, Cristo Jesus, porém, para
edificação, depois dos livros do, Velho e do Novo Testamento previamente
enumerados de acordo com o cânone, a Santa Igreja Romana não proíbe receber os
escritos seguintes:
1. o Concílio de Nicea, constituído por
318 bispos e presidido pelo imperador Constantino o Grande, no qual foi
condenado o herege Arrio; o Santo Concílio de Constantinopla, presidido pelo
imperador Teodósio o Velho, em que o herege Macedónio se livrou da sua merecida
condenação; o Santo Concílio de Êfeso, no qual Nestório foi condenado com o
consentimento do bem-aventurado Papa Celestino, presidido por Cirilo de
Alexandria no assento do magistrado, e por Arcádio, o bispo enviado de Itália.
O Santo Concílio de Calcedónia,
presidido pelo imperador Marciano, e por Anatólio, o bispo de Constantinopla,
no qual as hereges Nestoriana e Eutiquiana, juntamente, com Dióscoro e o seus
simpatizantes, foram condenados.
2. Mas como também há concílios
apoiados até agora pelos Santos Padres, de menor autoridade que estes quatro,
nós decretamos que estes devem ser mantidos e recebidos. Em continuação
juntamos as obras dos Santos Padres que são recebidos na Igreja Católica:
igualmente, as obras do bem-aventurado
bispo Cecílio Cipriano, mártir e bispo de Cartago;
igualmente, as obras do bem-aventurado
bispo Gregório Nazianceno;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Basílio, bispo de Capadocia,;
igualmente, as obras do bem-aventurado
João, bispo da Constantinopla,;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Teófilo, bispo de Alexandria,;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Círilo, bispo de Alexandria,;
igualmente, as obras do bem-aventurado
bispo Hilário Pictaviense;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Ambrósio, bispo de Milão;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Augusto, bispo de Hipona;
igualmente, as obras do bem-aventurado
sacerdote Jerónimo;
igualmente, as obras do bem-aventurado
Próspero, um homem extremamente religioso;
3. igualmente, a epístola do
bem-aventurado Papa León (Leão) destinada a Flaviano, bispo de Constantinopla;
mas se alguma parte de seu texto for contestada, não sendo aquela que foi
recebida por todos desde a antiguidade, seja anátema; igualmente, as obras e
todos os tratados dos padres ortodoxos que não se desviaram em nada do [ensino]
comum da Santa Igreja Romana, e que nunca se separaram da fé e adoração,
mantendo-se em comunhão pela graça de Deus até ao último dia das suas
vidas,decretamos que sejam lidos; igualmente, os decretos e epístolas oficiais
que os bem-aventurados papas enviaram de Roma, por consideração a vários padres
e em diversas épocas, devem ser mantidas com reverência;
4. igualmente, as atas dos Santos
Mártires, que receberam a glória pelas suas múltiplas torturas e as suas
maravilhosas vitórias de persistência. Que católico duvida que a maioria deles
tiveram de suportar agonias com todas as suas forças, e resistiram pela graça
de Deus e a ajuda dos restantes? Mas, de acordo com um costume antigo, por
precaução não se lêem na Santa Igreja
Romana, porque los nomes de quem as escreveu não são conhecidos com propriedade
e não é possível separá-los dos não crentes e idiotas; ou porque o que declaram
é de ordem inferior aos eventos ocorridos; por exemplo, as atas de Quirício y
Julita, assim como as de Jorge, e os sofrimentos de outros como estes, que
parecem ter sido compostas por hereges. Por esta razão, tal como se disse, para
no dar pretexto à burla casual, não são lidas na Santa Igreja Romana. No
entanto, veneramos em conjunto com a mencionada Igreja a todos os mártires e
seus gloriosos sofrimentos, que são mais conhecidos por Deus que pelos homens,
com toda a devoção; igualmente, as vidas dos padres Paulo, António e Hilário,
assim como todos os eremitas, que são descritas pelo bem-aventurado homem
Jerônimo, recebêmo-las com honra; igualmente, as atas do bem-aventurado
Silvestre, bispo da cadeira apostólica, que são permitidas ainda que se
desconheça o seu autor, já que sabemos que são lidas por muitos católicos
inclusive da cidade de Roma, e também pelo uso antigo das gerações, que é
imitado pela igreja; igualmente, os escritos sobre a descoberta da cruz, e
outras novelas sobre a descoberta da cabeça de João Baptista, que são romances
e alguns deles são lidos por católicos; mas quando estes cheguem ás mãos de
católicos, deve considerar-se primeiro o que disse o Apóstolo Paulo: Examinai
todas as coisas, retendo o que seja bom; igualmente, Rufino, um homem sumamente
religioso, que escreveu vários livros sobre as obras eclesiásticas e algumas
interpretações das escrituras; contudo, desde que o venerável Jerônimo
demonstrou que fez uso de certas liberdades arbitrárias nalguns desses livros,
consideramos como aceitáveis aqueles que o bem-aventurado Jerônimo,
anteriormente citado, considerava como aceitáveis; e não só os de Rufino, mas
também aqueles de qualquer um que seja recordado pelo seu zelo por Deus e
criticado pela fé na religião; igualmente, algumas obras de Orígenes, que o
bem-aventurado homem Jerônimo não recusou, recebêmo-las para serem lidas, mas
dizemos que o restante de sua autoria deve recusar-se; igualmente, a Crônica de
Eusébio de Cesaria e os livros da sua História Eclesiástica, já que ainda que
haja muitas coisas duvidosas no primeiro livro de sua narração e logo tenha
escrito um livro elogiando e desculpando o cismático Orígenes, no entanto,
considerando que na sua narração há coisas destacáveis e úteis para a
instrução, no diremos a ninguém que devam recusar-se; igualmente, elogiamos
Osório, um homem sumamente erudito, que nos escreveu una história muito
necessária contra as calúnias dos pagãos e de uma brevidade maravilhosa;
igualmente, a obra pascal do venerável homem Sedúlio, que foi escrita com
versos heróicos e merece um elogio significativo; igualmente, a incrível e laboriosa
obra de Juvêncio, que não desdenhamos, mas que nos assombramos com ela.
LISTA DE APÓCRIFOS
V. Os restantes escritos que foram
compilados ou reconhecidos pelos hereges ou cismáticos, a Igreja Católica
Apostólica Romana não recebe de nenhuma maneira; destes consideramos correto
citar alguns que passaram de geração em geração e que são recusados pelos
católicos:
Igualmente, lista de livros apócrifos:
1. Lista de livros apócrifos: primeiro,
o sínodo de Sirmium, convocado por Constâncio César, filho de Constantino, e
moderado pelo prefeito Tauro, que foi, é e sempre será condenado. A viagem em
nome do apóstolo Pedro, que é chamado de nono livro de São Clemente: apócrifo.
Os atos em nome do apóstolo André: apócrifo. Os atos em nome do apóstolo Tomé:
apócrifo. Os atos em nome do apóstolo Pedro: apócrifo. Os atos em nome do
apóstolo Filipe: apócrifo. O evangelho em nome de Matias: apócrifo. O evangelho
em nome de Barnabé: apócrifo. O evangelho em nome de Tiago Menor: apócrifo. O
evangelho em nome do apóstolo Pedro: apócrifo. O evangelho em nome de Tomé,
usado pelos maniqueus: apócrifo. Os evangelhos em nome de Bartolomeu:
apócrifos. Os evangelhos em nome de André: apócrifos. Os evangelhos
falsificados por Luciano: apócrifos. Os evangelhos falsificados por Hesíquio:
apócrifos. O livro sobre a infância do Salvador: apócrifo. O livro da
natividade do Salvador e de Maria ou "A Parteira": apócrifo. O livro
que é chamado de "O Pastor": apócrifo. Todos os livros da pena de
Leúcio, discípulo do diabo: apócrifos. O livro chamado de "A
Fundação": apócrifo. O livro chamado de "O Tesouro": apócrifo. O
livro das filhas de Adão Leptogeneseos: apócrifo. O centão de Cristo incluído
com versos de Virgílio: apócrifo. O livro que é chamado "Atos de Tecla e
Paulo": apócrifo. O livro que é chamado de "Nepos": apócrifo. Os
livros de Provérbios escritos por hereges e assinalados anteriormente com o
nome de Santo Sisto: apócrifo. A Revelação dita de Paulo: apócrifo. A Revelação
dita de Tomé: apócrifo. A Revelação dita de Estevão: apócrifo. O livro chamado
de "Assunção de Santa Maria": apócrifo. O livro chamado de "A
Penitência de Adão": apócrifo. O livro sobre Gog, o gigante que após o
dilúvio lutou com o dragão, segundo os hereges: apócrifo. O livro chamado "Testamento
de Jó": apócrifo. O livro chamado "A Penitência de Orígenes":
apócrifo. O livro chamado "A Penitência de São Cipriano": apócrifo. O
livro chamado "A Penitência de Jamne e Mambre": apócrifo. O livro
chamado "A Fortuna dos Apóstolos": apócrifo. O livro chamado
"Lusa dos Apóstolos": apócrifo. O livro chamado "Cânon dos
Apóstolos": apócrifo. "O Fisiólogo", escrito por hereges e
assinalado com o nome do bem-aventurado Ambrósio: apócrifo. A
"História" de Eusébio Pampilo: apócrifo. As obras de Tertuliano:
apócrifas. As obras de Lactâncio, também conhecido como Firmiano: apócrifas. As
obras de Africano: apócrifas. O opúsculo "Potumiano e Gallo":
apócrifo. As obras de Montano, Priscila e Maximila: apócrifas. As obras de
Fausto, o maniqueu: apócrifas. As obras de Comodiano: apócrifas. As obras do
outro Clemente de Alexandria: apócrifas. As obras de Táscio Cipriano:
apócrifas. As obras de Arnóbio: apócrifas. As obras de Ticônio: apócrifas. As
obras de Cassiano, sacerdote gaulês: apócrifas. As obras de Vitorino
Petavionense: apócrifas. As obras de Fausto Regiense Galliaro: apócrifas. As
obras de Frumêncio Cego: apócrifas. A carta de Jesus a Abgaro: apócrifa. A
carta de Abgaro a Jesus: apócrifa. A Paixão dos Ciricianos e Julitanos:
apócrifa. A Paixão dos Georgianos: apócrifa. Os escritos chamados de
"Interdição de Salomão": apócrifos. Todos os filatérios que não
provêm dos anjos, como pretendem alguns, mas foram escritos em nome dos piores
demônios: apócrifos.
2. Estas e outras obras similares, tais
como as de Simão Mago, Nicolau, Cerinto, Marcião, Basílides, Ebion, Paulo de
Samósata, Fotino e Bonóso, que sofrem de erros similares, bem como Montano e
suas obscenas seguidoras, Apolinário, Valentino Maniqueu, Fausto Africano,
Sabélio, Ário, Macedônio, Eunômio, Novato, Sabácio, Calisto, Donato, Eustácio,
Joviano, Pelágio, Juliano de Eclanum, Celéstio, Maximiano, Prisciliano da
Espanha, Nestório de Constantinopla, Máximo Cínico, Lampécio, Dióscoro,
Êutiques, Pedro e o outro Pedro - um desgraçou a Alexandria e o outro, a
Antioquia - Acácio de Constantinopla e seus partidários, e ainda todos os
discípulos da heresia, dos hereges e dos cismáticos, cujos nomes quase não
foram preservados, que ensinaram ou compilaram [o erro], confirmamos que não
devem meramente ser rejeitados mas também eliminados de toda a Igreja Católica
e Apostólica romana, sendo que os autores e seguidores desses autores devem ser
amaldiçoados com a corrente inquebrável do anátema eterno. Fim
Fontes:
Tradutora/Maria Joana de Portugal
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