sexta-feira

Sacrifícios humanos em honra do demônio


Sacrifícios humanos em honra do demônio

"Este menino foi vítima
de um crime satânico".
(Revista "Manchete")

ALGUMAS NOTÍCIAS, publicadas na grande imprensa nacional nos anos de 1992-1993* demonstram a que ponto o satanismo homicida vai se expandindo no Brasil, sem que nos demos conta. E o satanismo homicida é apenas o aspecto mais brutal de um culto ao demônio que se difunde como uma mancha de azeite em nossa pobre pátria.

*Não foi feita uma pesquisa exaustiva, nem aproveitado todo o material recolhido, pois isso tornaria este capítulo por demais extenso.

Menino oferecido em sacrifício a Exu

3 de abril 1992: estranho ritual à beira-mar

Na noite de 3 de abril de 1992, por volta das 23:45 horas, o Sr. AB estava passeando na praia em Guaratuba, cidade balneária do Paraná, quando um carro Escort com as lanternas acesas chamou-lhe a atençâo. Perto dali, bem próximo ao mar, quatro pessoas faziam um despacho de macumba. O Sr. AB parou e ficou a espreitá-los a pequena distância. Eram duas mulheres e dois homens. Uma aparentava cinqüenta anos e a outra mais ou menos trinta. Um dos homens era barbudo, alto, moreno, magro; o outro usava cavanhaque, estatura média e era mais claro.

Havia velas acesas, e aquelas pessoas dançavam de uma forma bem estranha: os quatro seguravam-se nos braços uns dos outros, e davam juntos sete passos para traz, sete para a frente, sete para o lado esquerdo e sete para o lado direito. Repetiram a seqüência de passos sete vezes.

Diziam muitas coisas estranhas e sem nexo; às vezes não se entendia uma única palavra do que diziam; outras vezes falavam claramente. O Sr. AB, de onde estava, ouvia o que eles diziam: "A sua encomenda está sendo providenciada. Logo seu presente vai chegar. Tenha confiança, não vamos falhar! Você tem que nos ajudar a encontrá-lo! Será um presente muito lindo! Pode acreditar! Também temos pressa! É questão de dias. Tenha paciência!"

A mulher mais velha balançava fortemente a cabeça, girava-a com força, dava corcovas como um cavalo bravo, jogava-se no chão, parecia que estava possessa. Ajoelhava-se e erguia os braços para o alto e gritava: “Meu querido, já vou te dar o que você quer. Tenha paciência! Te amo, te amo muito! Você vai ficar surpreso com o meu presente, meu querido, vida da minha vida, meu eterno amor! Já estamos providenciando. É questão de dias. Tenho e certeza, você vai gostar, meu adorado!” Dizia muitas outras coisas que o Sr. AB não entendia.

Os quatro às vezes se abraçavam e ficavam girando em círculos, caindo depois de joelhos. Era assustador o que eles faziam.

Depois de uns vinte minutos, foram embora, saindo naquele carro Escort que estava com as lanternas acesas.

O Sr. AB aproximou-se daquele local e ficou muito assustado com o que viu: havia sete velas vermelhas e sete pretas; um desenho feito na areia representava uma casinha e no seu interior havia duas mãos pequenas, talvez de cera ou de plástico; havia também sete bonecos vermelhos e pretos, com chifres, talvez representando Satanás. Um pouco mais abaixo estava o desenho de um coração tendo um punhal feito de madeira, nas cores vermelha, preta e amarela, cravado em seu meio. Mais abaixo estava escrito na areia: “É o nosso juramento. Será dia 6”.

Inexplicavelmente, uma enorme onda veio, quase derrubando o Sr. AB, e levou tudo para dentro do mar. O que mais o assustou é que o mar estava calmo, não havendo explicação de como surgiu aquela enorme onda, assim tão de repente. (Depoimento de Testemunha no inquérito policial, in G. PONTÓGLIO, Ritual satânico O sacrifício de Evandro, pp. 69-71. (O depoente é chamado “Sr. AB” no livro do Delegado Pontóglio porque não autorizou divulgar seu nome).)


7 de abril 1992: Sacrifício de criança em honra ao demônio
Na noite de 7 de abril de 1992, na cidade balneária de Guaratuba - Paraná, o menino Evandro Ramos Caetano, de seis para sete anos de idade, foi sacrificado ritualmente a Exu. Participaram do ritual satânico sete* pessoas: dois pais-de-santo — Vicente de Paula Ferreira e Osvaldo Marceneiro; três outros homens, também ligados a práticas de macumba — Davi dos Santos Soares, Francisco Sérgio Cristofolini e Airton Bardelli dos Santos; mais a mulher e a filha do prefeito da cidade — Celina Cordeiro Abage e Beatriz Cordeiro Abage.

*Segundo uma das testemunhas, foram sete os participantes do ritual macabro, por ser este o número do Exú, de acordo com as crenças cabalísticas da macumba. Por isso, o número 7 aparece repetido muitas vezes nesta história.

O menino fora seqüestrado na véspera por Celina e sua filha Beatriz, no carro Escort desta última, e levado para um galpão da serraria de propriedade do prefeito Aldo Abage, onde se realizaria o macabro ritual.

Depois de estrangular a criança, fizeram-lhe um talho no pescoço para que o sangue escorresse em uma vasilha; o peito foi aberto e o coração retirado; abriram também o ventre e extraíram as vísceras; depois, deceparam o órgão genital do menino; em seguida, retiram o couro cabeludo com uma navalha e cortaram as orelhas; por fim, amputaram-lhe as mãozinhas e os dedinhos do pé. Tudo foi recolhido em alguidares (tigelas de barro).

"O sacrifício da criança seria oferecido a ‘Exu’ que é um espírito que tanto faz o bem como o mal” — declarou posteriormente um dos macumbeiros-assassinos.  Osvaldo Marceneiro. (G. PONTÓGLIO, op. cit., p. 90.)

“O local onde o ato foi realizado era escuro, iluminado somente por sete velas brancas, sete velas pretas e sete velas vermelhas.  Durante o ritual, Osvaldo cantava hinos de umbanda em louvor a ‘Exú”. (Depoimento do pai-de-santo Vicente de Paula Ferreira, in G. PONTÓGLIO. op. cit., p. 81.)

“A medida que iam sendo retirados os órgãos da criança, Celina ia fazendo pedidos de proteção e vitória, ou seja, proteção no comércio e ‘abrir’ o lado financeiro e ‘força’ na política. Celina agia normalmente, não tendo sentido nenhum tipo de repulsa durante todo o ritual”. (Depoirneoto do pai-de-santo Osvaldo Marceneiro, in G. PONTÓGLIO. op. cit., p. 91.)

Ao final deste, as tigelas de barro ou alguidares contém os órgãos e o sangue do menino sacrificado foram colocados numa casinha, do tamanho de uma casa de cachorro, construída no quintal para essa finalidade (trata-se de uma espécie de pequeno templo dedicado a Exu, existente em todos os terreiros de umbanda).

No interrogatório policial, às perguntas — “Por que foi feito isso? Por que foi sacrificada a criança?” — a filha do prefeito respondeu: “E prá vir mais fortuna, justiça... pra minha família”. (“O Estado de S. Paulo”, 10-7-92; G. PONTÓGLIO, op. cit., p. 135.)

Vicente de Paula disse que o trabalho foi realizado com o objetivo de salvar da falência a serraria pertencente à família de Celina. (G. PONTÓGLIO, op. cit., pp. 80-82.)

A revista “Manchete” (Edição de 18-7-92.) publicou ampla reportagem sobre esse crime satânico, sob o título: ‘Este menino foi vítima de um crime satânico — Magia negra: os rituais que ameaçam as crianças".

Ali aparece um comentário sobre uma das autoras do crime - a mulher do prefeito — muito ilustrativo da situação de apostasia que vai se generalizando cada vez mais em relação à Igreja Católica: “Celina era católica, mas a sua fé em Cristo, ao que parece, desde que o marido se tornou prefeito, começou a falhar. Afastou-se aos poucos da Igreja ... em compensação, podia ser vista com freqüência em terreiros de macumba. Obcecada por saídas mágicas, Celina decidiu levar para Guaratuba o pai-de-santo Osvaldo Marceneiro, também conhecido por Bruxo, quando sentiu que a situação financeira e política da família ameaçava degringolar. Ela já o conhecia de Curitiba, pois havia recorrido aos seus trabalhos quando o marido estava em campanha (eleitoral) em 1988”.

Toda a família do prefeito, aliás, participava com freqüência de rituais de macumba. Um dos feiticeiros, Osvaldo, declarou “que Beatriz (a filha do prefeito) lhe contou que esteve juntamente com o seu pai em um terreiro de candomblé ... onde tomou alguma coisa parecida com sangue, durante um ‘trabalho’ que ali se realizava". (G.PONTÓGLIO. op. cit., p. 93. )


Outros casos

"Jovem mata menino em Magé - atendendo a ordens de Exú”

"Em cumprimento a ordens que disse ter recebido do Exu Tranca-Rua — uma entidade de umbanda que teria incorporado antes de cometer o crime — Roberto Silva Teixeira, de 18 anos, matou Carlos Eduardo dos Santos, de 2, atirando-o, assim como sua irmã, Vanessa dos Santos, de 4, num poço”. ("O Globo”. 31-12-92.)

"Menino é morto em magia negra”

"Um garoto negro não identificado, com aproximadamente 13 anos, foi encontrado morto ontem, entre recipientes de barro e de ágata com oferendas para orixás, num terreno baldio na Zona Oeste ( do Rio de Janeiro). ... Pelo menos 21 crianças e adolescentes morreram e outras foram gravemente feridas nos últimos 14 anos em casos de grande repercussão, por praticantes de magia negra ou por pessoas que diziam ter recebido mensagem do além”.("O Globo”. 8-2-93.)

“Magia negra: suspeito não foi localizado pela polícia”

“Balneário de Camboriú. — A polícia ainda não havia conseguido prender o principal suspeito do assassinato do pescador Romy Smillaanitch, de 60 anos .... O principal suspeito é um pai-de-santo que morava em um barraco próximo do pescador. ... O suspeito trabalhava com sacrifício de animais, fazia macumba, usava muita cachaça, vela, cigarro e muitas vezes [os vizinhos] viram cachorros sangrando e galinhas com facas atravessadas no corpo. Disseram também que havia um grande movimento de carros, à noite, em direção do barraco do pai-de-santo. Segundo eles, eram canos novos, de ‘figurões’ ".  ("Jornal de Santa Catarina”, 27-3-93.)

“Num ritual de magia negra, rapaz seqüestra, estupra, queima e mata garotinha”
“O operário desempregado Jorge Paulo da Silva Teixeira, de 22 anos, seqüestrou, estuprou e matou, num ritual de magia negra, Luana da Conceição da Silva, de 6 anos. O crime ocorreu em Campos, no Estado do Rio. ... Na casa de Teixeira, os policiais apreenderam um livro sobre ocultismo, roupas sujas de sangue e cartuchos da pólvora utilizada para queimar a menina”. (“O Estado de S. Paulo”, 2-4-93.)

“Mãe e filha mortas em ritual a Exú”

“Salete Fátima de Azevedo, de 32 anos, e sua filha, Daniela Batista de Azevedo, de 3 anos, foram mortas num ritual de magia negra, realizado na tarde da última terça-feira, em Criúva, distrito de Caxias do Sul. Os responsáveis pelo assassinato, um menor, de 17 anos e sua esposa, de 15 anos ... declararam que a sessão de magia negra foi realizada por intermédio do pai-de-santo João Claudionir Anastacio, de 19 anos.

“Segundo a menor, ela está grávida de três meses, e o pai-de-santo havia afirmado que o feto só sobreviveria caso ela matasse uma criança e um adulto. ...

“O pai-de-santo nega ser o mentor do assassinato: ‘Não tenho culpa, foi a entidade Exu que mandou matar a mulher e a criança. Isto não é comum, mas eventualmente a entidade determina este tipo de ritual’ afirmou Anastácio”. ("Correio do Povo”, Porto Alegre, 17-6-93. )

"PF investiga rede nacional de magia negra”.
Em Altamira, Pará, três pessoas - 2 médicos e um fazendeiro - são acusados de matar cinco meninos e cortar seu órgão genital.  Segundo o Superintendente da Polícia Federal “existe a suspeita de que os acusados façam parte de uma rede nacional de magia negra que promoveria o sacrifício de crianças”. ("Folha de S. Paulo”, 16-7-93.)

"O demônio está solto no Rio”

A jornalista Ellenice Bottari, em “O Globo”, do Rio de Janeiro, escreve sobre a disseminação do satanismo na ex-Capital Federal e Baixada Fluminense: “Rituais satânicos e cerimônias de magia negra crescem e assustam o carioca ... O juiz Antonio Meirelles, da 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, decretou a prisão preventiva do pai-de-santo Carlos Alberto Justino Pessoa, que há um mês estuprou uma menina de 11 anos num ritual de magia negra. Também em Caxias, Lucy Magalhães da Conceição, condenada a 25 anos de prisão por ter matado a filha de 6 anos durante um ritual desses, será levada a novo julgamento. ...

"O pai-de-santo Marcos Fabian Vieira não tem medo do capeta.  Diz que é em noite de lua cheia que invade os cemitérios para roubar crânios para seus rituais de magia negra, para o bem ou para o mal, depende só do gosto do freguês. ... Se apresenta como Marcos Diabo e incorpora o Exú Tiriri — para os leigos, o próprio diabo em pessoa” ("O Globo”, 23-8-92.)

"Caseiro tenta estrangular a filha para um ritual satânico”

"O caseiro Marconi Fraga Magalhães, de 29 anos, foi preso ... depois de tentar estrangular sua filha de um ano e sete meses.  Segundo a polícia, Marconi queria oferecer o sangue da criança ao demônio”. (“O Globo”, 11-9-92.). “Marconi Fraga Magalhães contou ontem que há um ano teria feito um pacto com o demônio e desde então não consegue viver em paz ... A partir dai resolveu abrir seu próprio templo e fazer rituais de magia negra, duas vezes por semana. A cada 15 dias, sempre às sextas-feiras, os rituais atraíam dezenas de pessoas, muitas personalidades importantes. ... Durante os rituais... costumava sacrificar bodes, gatos, galos pretos, por exigência das entidades”. (“O Globo”, 12-9-92.)
 (Fonte: internet. Autoria:“Anjos e Demônios - A Luta Contra o Poder das Trevas”, Gustavo Antônio Solímeo - Luiz Sérgio Solímeo)


Sem comentários:

Enviar um comentário